A madrugada dessa segunda-feira teve show de luzes no céu, um oferecimento do temporal que atingiu várias regiões do Estado e também causou transtornos. Entre meia-noite e 10h30min da manhã, o sensor localizado no centro de Porto Alegre contou nada menos que 1.233 descargas elétricas. O equipamento da ABC Pára-raios capta a incidência de atividades elétricas a um raio de 40 quilômetros, abrangendo Porto Alegre e parte da Região Metropolitana.
Fabiene Casamento, meteorologista da Somar, explica que a intensa atividade elétrica resulta de nuvens Cumulonimbus muito carregadas de chuva e granizo. Elas se formam por causa de um sistema de baixa pressão do Paraguai e de umidade vinda da Amazônia.
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Para o fotógrafo Emmanuel Denauí, 33 anos, o fenômeno foi um prato cheio para boas imagens. Da janela de apartamento no Centro, ele fotografou o que aparenta ser dois raios sobre a torre da Catedral Metropolitana. De dez fotos que tirou, em uma, conseguiu o flagra.
– Parecem dois raios caindo no mesmo lugar. Eu acredito que não foi, mas parece – relata.
Mas, de acordo com a meteorologista Fabiene Casamento, o antigo dito popular de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar" não passa de mito. Ela garante que, em áreas de grande incidência, isso nem é muito incomum de acontecer.
Os volumes de chuva registrado nessa segunda-feira também são incomuns: choveu mais de 77mm no Centro entre meia-noite e 10h30min. O acúmulo representa mais da metade da média histórica para o mês de outubro, de 114,3 mm.