A 1ª Vara do Júri aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra um dos suspeitos da morte do jovem Marlon Roldão Soares, 18 anos, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Diego da Silva Severo, de 25 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas segue foragido.
A denúncia foi assinada pela promotora Lúcia Helena Callegari, que solicitou à Justiça a prorrogação da prisão de Severo. Ele também de responder pela tentativa de homicídio de um dos amigo de Marlon, atingido de raspão, bem como pela corrupção de um menor – que o auxiliou nos crimes –, por receptação de veículo roubado e adulteração da placa do carro.
Severo chegou a ser preso em 2014 por tráfico de drogas, mas foi solto no mesmo ano pela Terceira Câmara do Tribunal de Justiça, que determinou a anulação do processo por problemas nos interrogatórios. Ontem, a polícia ainda solicitou a internação do adolescente envolvido no caso, que também ainda não foi localizado.
A Polícia Civil ainda segue ouvindo testemunhas e tentando esclarecer os fatos. A participação de outras três pessoas no crime é investigada - uma mulher que indicou a vítima, o motorista do veículo utilizado na fuga e o motorista de outro veículo usado pelos criminosos.
De acordo com o Instituto-Geral de Perícias (IGP), enquanto esperavam a vítima, os criminosos consumiram lanche no aeroporto. Os peritos conseguiram recolher a lata de refrigerante e identificar impressões digitais, que vão servir como prova contra os já identificados.
A motivação do crime segue sendo apurada e ainda não se sabe se o jovem era o alvo dos atiradores.
Diego da Silva Severo, 25 anos (foto: divulgação / Polícia Civil)
O crime
Marlon Roldão foi morto na segunda-feira, no saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O jovem foi executado com mais de dez tiros.
Conforme as imagens de câmeras de segurança, os assassinos entraram no aeroporto, sentaram nas imediações de uma cafeteria e aguardaram a chegada da vítima. Quando Marlon ingressou no saguão, os criminosos foram até ele e efetuaram os disparos.
Ainda não se sabe a motivação para o crime. Uma das linhas de investigação da Polícia Civil aponta para a possibilidade de Marlon ter sido morto por engano.