Lançado no ínicio da noite da última quarta-feira, o aplicativo de realidade aumentada Pokémon Go levou crianças, jovens e adultos às ruas de Porto Alegre em busca dos bichinhos que fazem sucesso desde a década de 1990. Durante a jornada, os jogadores passam por pokéstops, que são como pontos de encontro para os usuários e estão espalhados pelos quatro cantos da cidade. Além disso, é possível obter pokebolas, poções (mas tudo depende do nível em que cada um está) e capturar alguns pokémons nesses locais – que podem ser monumentos, praças, cemitérios, igrejas, shoppings, escolas, ou até mesmo paredes grafitadas. Os pontos mais famosos e que têm uma concentração maior de pessoas são os do Parque Moinhos de Vento (Parcão) e da Redenção.
A reportagem do Pelas Ruas percorreu da zona norte à zona sul da Capital para mapear cinco lugares que não são muito conhecidos e que, provavelmente, quem aderiu ao game pode ter a chance de conhecer por causa do Pokémon Go.
Santuário Mãe de Deus
Além de contemplar uma vista panorâmica de Porto Alegre, o Santuário Mãe de Deus, no Morro da Pedra Redonda, no bairro Belém Velho, é um dos pokéstops mais afastados – e alto – do centro da Capital.
O ambiente tranquilo, dedicado a preces, agora também é um local para capturar Horsea, Pidgey e Spearow.
Gruta Nossa Senhora de Lourdes
Escondida, ao lado do Hospital Divina Providência, no bairro Glória, quem passa pela pokéstop da Gruta Nossa Senhora de Lourdes pode capturar um Magikarp.
Passava das 10h quando Anderson Bartolomeu, 22 anos, apareceu na gruta com as mãos ocupadas pelo celular e o olhar fixado no celular, mas, às vezes, ele olhava para os lados, como se estivesse à procura de algo. Não restava qualquer dúvida, ele estava jogando Pokémon Go.
Apesar de morar pelas redondezas, Bartolomeu comenta que não conhecia o local e que só apareceu por lá porque o aplicativo indicou o ponto:
– Acordei para jogar e vi que tinha uma pokéstop por perto. Nunca estive aqui antes, achei muito bonito.
Praça Província de Shiga
Localizada no bairro Passo D'Areia, nada mais justo do que a praça japonesa também ser um ponto de parada para os jogadores de Porto Alegre. Entre as avenidas Cristóvão Colombo e Plínio Brasil Milano, o local é um contraste do tumulto que ocorre no entorno. Não tinha qualquer movimento dentro do espaço, nem mesmo pokémons apareceram enquanto a reportagem esteve por lá.
Praça Antônio Amábile
Com campinho de futebol, playground, gramado e bancos, a praça Antônio Amábile, no bairro Passo D'Areia é uma alternativa para quem quer capturar pokémons, mas tem receio de ir nos locais mais populares.
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A estudante Cristina Fochi, 20 anos, aproveitou a tarde de quinta-feira para caminhar pela praça e conseguir pegar algum bichinho:
– Acho mais tranquilo vir aqui, porque é perto da minha casa, nunca fui assaltada. Tenho medo de ir na Redenção, é perigoso e já ouvi muitos relatos de assaltos.
Na área ampla da pokéstop é possível capturar um Eevee.
Racionalismo Cristão
Espaço dedicado à doutrina que apresenta esclarecimentos sobre a vida espiritual, o local é uma pokéstop diferente. Ela possui uma Lure, um item que, assim que ativado em um ponto, faz com que os pokémons sejam atraídos para perto do local. Lá foram encontrados Poliwag, Zubat e Pidgey.
O técnico de enfermagem Douglas dos Santos estava indo a trabalho para Gravataí e aproveitou para abrir o aplicativo:
– Eu parei para arrumar a correia da moto e pensei: "Bah, vou olhar!". E aí apareceu esse ponto e vim aqui ver. Estou tentando pegar um Poliwag, mas está difícil.