Taxistas e motoristas do Uber participaram, na noite desta terça-feira (5), da audiência pública para tratar da regulamentação de aplicativos de transporte de passageiros em Porto Alegre. O evento ocorreu no Ginásio Gigantinho, já que a direção da Câmara dos Vereadores decidiu não utilizar o plenário devido à grande procura de participantes.
A audiência - que durou pouco mais de duas horas e meia - foi aberta com a fala do presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, que apresentou detalhes do projeto encaminhado pela prefeitura para análise dos vereadores. Atualmente, os aplicativos são considerados clandestinos na cidade.
O projeto prevê a identificação dos veículos; pagamento de uma taxa de R$ 180 para a prefeitura; que os veículos sejam cadastrados em Porto Alegre; que os carros tenham no máximo 5 anos de uso; que a prefeitura tenha acesso aos dados dos motoristas; entre outras questões.
Dez representantes de ambos os lados se inscreveram para usar o microfone e ter cinco minutos de fala. Em meio aos discursos, muitos xingamentos. Nas falas de representantes do Uber, por exemplo, os taxistas se viravam de costas nas arquibancadas.
A Brigada Militar reforçou o policiamento do lado de fora do Gigantinho para acompanhar a audiência. Conforme a segurança do ginásio, até as 20h havia entrado no local 725 taxistas e 520 motoristas do Uber.
Taxistas e motoristas do Uber ficaram separados nas arquibancadas (foto: Felipe Daroit / Gaúcha)