Terminou sem acordo nova rodada de negociação, na tarde desta terça-feira (21), entre a prefeitura de Porto Alegre e os municipários em greve. Após o encontro, os servidores realizaram assembleia no plenário da Câmara de Vereadores e resolveram permanecer ocupando o local até que uma nova proposta seja encaminhada pelo Executivo.
Pela manhã, os servidores apresentaram uma contraproposta ao vice-prefeito, Sebastião Melo, que prometeu levar a pauta ao prefeito José Fortunati. O grupo voltou a se reunir no início da tarde, mas não foi possível avançar na negociação.
A proposta inicial da prefeitura é de reajuste de 9,28%, pago em quatro parcelas até janeiro de 2017. A categoria pede que, na primeira parcela, referente a maio, seja depositado 3% do valor e não 1%, como pretende o Executivo. Os servidores ainda exigem que o pagamento seja concluído ainda nesse ano, antes de um novo prefeito assumir.
Melo condicionou a conclusão do pagamento neste ano ao fluxo de caixa do Executivo. Ele também destacou que não há como a primeira parcela ser de 3%.
"Nós sugerimos colocar uma cláusula nesse acordo que, se lá no dia 12, 15, a arrecadação tiver melhorado, nós podemos antecipar todo, ou parte do valor", destacou.
A proposta não é aceita pela categoria, e uma nova rodada de negociação foi marcada para a tarde de quarta-feira (22). Os servidores pedem que o encontro ocorra ainda hoje.
"Foi gerado uma expectativa grande com relação à negociação e uma frustração, pois a proposta apresentada é a mesma que já foi rejeitada", destaca a diretora de comunicação do Sindicato dos Municipários, Carmen Padilha.
No fim da tarde, o grupo foi recebido pelo presidente da Câmara, Cássio Trogildo. O vereador admitiu que a ocupação vai trazer prejuízos para os trabalhos da Casa, mas descartou entrar com pedido de reintegração de posse.