As obras de revitalização da orla do Guaíba, em Porto Alegre, avançaram desde abril, mas pouco ainda se vê instalado na extensão entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias além de algumas vigas. Isso porque, segundo os engenheiros do consórcio Orla Mais Alegre, que apresentaram um balanço da construção nesta terça-feira, "a evolução não foi tanto física, mas de projeto".
Ainda assim, o cenário tem mudado: os diversos pontos onde um total de 90 operários trabalha no trecho de 1,3 quilômetro desta primeira fase estão, em média, 30% concluídos, mesmo que bilheteria e ancoradouro ainda não tenham saído do papel. Há um mês, a estimativa indicava apenas cerca de metade dessa evolução.
Leia mais:
Veja como deve ficar a orla do Guaíba após a revitalização
Reportagem percorre orla do Guaíba para mostrar sujeira nas margens
Na placa da obra, a previsão para término aponta para 5 de outubro, mas a prefeitura afirma que, desde o início, o prazo previsto é de 18 meses a contar de outubro do ano passado, ou seja, a conclusão está prevista para abril de 2017. Conforme o prefeito José Fortunati, que fez nova visita ao local na tarde de ontem, a obra deve sair com um custo maior do que o investimento inicial de
R$ 60 milhões:
– Estou saindo muito satisfeito desta visita porque, tecnicamente, avançamos muito nos últimos 30 dias. Tivemos algumas mudanças no projeto, o que deve levar a um custo maior, mas não chega a ser significativo – avaliou Fortunati.
Entre as mudanças, sugeridas pelos projetistas responsáveis pela revitalização, está a elevação do bar flutuante Quase Meia Noite, que deve ficar próximo à Usina do Gasômetro. A alteração foi apresentada à prefeitura após as enchentes de outubro, que levaram o Guaíba a registrar a segunda maior cheia de sua história. Ainda estão previstas a instalação de outros bares e decks, além de um espaço para vendedores ambulantes, o ancoradouro, passarelas e vestiário.
Com a aprovação pelo Senado do empréstimo no valor de US$ 92 milhões para Porto Alegre, cedidos pela Corporação Andina de Fomento (CAF), a prefeitura agora aguarda o aval do Ministério da Fazenda para assinar o contrato e ter os recursos liberados. Sem esse empréstimo, as obras poderiam ter de ser interrompidas em junho.
A ordem de início para revitalização da orla foi dada em outubro de 2015. No momento, estão sendo executadas edificações em terra e as fundações em água. O projeto é assinado pelo arquiteto paranaense Jaime Lerner.
* Zero Hora
