Em meio ao impasse sobre a distribuição de medicamentos por profissionais da área de enfermagem, metade dos postos de saúde de Porto Alegre tem restrição no serviço, segundo informações da prefeitura. Nesta segunda-feira, o trabalho estava sendo realizado em aproximadamente 70 das 141 unidades por servidores da área administrativa. As informações são da Rádio Gaúcha.
Na semana passada, foi colocada em prática uma resolução do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) que impede profissionais vinculados à entidade de realizar a função. A medida será questionada judicialmente pelo município.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, um recurso será protocolado até o fim da tarde desta segunda-feira pedindo mais prazo para o cumprimento das regras estabelecidas pelo Coren.
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– Nós precisamos de um período razoável para adaptação, eles tomaram a decisão de uma hora para a outra – reclama.
Além de metade dos postos, as dez farmácias distritais do município (lista aqui) estão distribuindo os medicamentos. Conforme Ritter, está sendo planejada uma mudança no sistema para manter a assistência farmacêutica.
– A gente vai ter que diminuir o número de pontos de distribuição, é impossível aumentar o número de funcionários na rede básica sem falar em aumento do financiamento – diz o secretário.
O Coren informa que em janeiro de 2016 notificou a prefeitura sobre o parecer normativo válido em todo o país que veda os profissionais de enfermagem de realizar a distribuição, por não possuírem qualificação técnica para isso e configura exercicio ilegal da profissão. A entidade ressalta que o trabalho é exclusivamente de farmacêuticos.
O Conselho diz ainda que há defasagem de 400 profissionais nas unidades de saúde do município, o que agrava ainda mais a prestação de assistência à população.
*Rádio Gaúcha