Entidades ligadas à arquitetura, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico prometem entrar com uma ação civil pública buscando a rescisão do contrato de concessão firmado com o consórcio Porto Cais Mauá do Brasil, responsável pela revitalização do Cais Mauá. Nesta segunda-feira, uma coletiva de imprensa organizada pelo movimento Cais Mauá de Todos dará detalhes do processo.
Jaqueline Custódio, advogada e integrante do movimento, lembra que foram apontadas irregularidades no processo de revitalização pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) - a empresa teria descumprido itens do contrato ao desrespeitar prazos para apresentar projetos e documentos, alterar a composição acionária do consórcio sem autorização prévia e não comprovar capacidade financeira para tocar a obra.
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Ela salienta ainda que a proposta apresentada recentemente pela empresa tem pendências em comparação ao projeto apresentado em 2010 - como, por exemplo, a intenção de transformar 50 metros do muro da Mauá em uma cortina de água, ao invés de toda a extensão.
- O Cais é a carteira de identidade da cidade: Porto Alegre tem nome de porto porque ali tudo começou. Essa discussão tem que ser levada à população, porque o projeto de agora não é o que foi apresentado no começo - destaca.
Antecedendo a audiência pública da Assembleia Legislativa, que ocorre na quarta-feira, às 18h30min, no Teatro Dante Barone, o evento também deve discorrer a respeito da possibilidade de abertura de uma CPI sobre o Cais Mauá.
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