O gerente técnico da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), Gustavo Simionovschi, diz que foram surpreendidos na manhã desta quinta-feira com a suspensão na Justiça do reajuste da tarifa de ônibus na Capital. A ação movida pela bancada do Psol, para que a passagem voltasse a custar R$ 3,25, foi deferida na noite de quarta-feira e o recurso da prefeitura foi negado na madrugada de hoje. O prejuízo enquanto perdurar o impasse jurídico será cobrado pela ATP. As informações são da Rádio Gaúcha.
– Vamos cumprir o contrato, assim como esperamos que a prefeitura também o faça. Não existe a tarifa de R$ 3,25 com essa frota nova. Estamos com uma tarifa de um contrato que não existe – disse o gerente técnico da associação em entrevista nesta manhã ao Gaúcha Atualidade.
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Para tentar dar uma ideia do prejuízo que as empresas de ônibus teriam sem o aumento de R$ 0,50, Simionovschi citou o investimento de R$ 118 milhões na frota nova e o reajuste de 11,8% do salário dos rodoviários.
Problemas na cobrança
Sobre reclamações de passageiros que foram cobrados nesta quinta-feira com o preço reajustado, o gerente técnico da ATP admitiu que pode ter ocorrido falha na comunicação. Segundo ele, assim que as empresas foram comunicadas da decisão judicial, foi montada uma operação, desde as 3h, para informar quem chegava nas garagens e fiscais de linha que o preço havia voltado para R$ 3,25.
– Como se tratam de 4 mil cobradores, eventualmente a informação para um ou outro pode ter falhado, mas é exceção – garantiu Simionovschi.
Ele ressaltou que as pessoas que compraram passagem nesta semana pelo cartão TRI terão o valor reembolsado em poucos dias.