As vencedoras da licitação do transporte público de Porto Alegre trabalham para antecipar o início da operação para a primeira quinzena de março. O prazo de 180 dias, concedido após a homologação do resultado, termina no dia 10 de abril.
As empresas correm contra o tempo para se adequar às novas regras e acelerar o processo, já que o dissídio dos rodoviários começa a ser pago em fevereiro. O aumento das passagens, no entanto, só poderá ser aplicado após o começo dos trabalhos.
Conforme o Gerente Técnico da Associação das Transportadoras de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovsky, a maior dificuldade encontrada até agora foi em relação a nova frota exigida no edital. Até o fim do prazo, 270 ônibus serão substituídos por novos e outros 24 serão somados aos 1703 veículos da Capital. Com a inclusão de 72 novos carros nos próximos três anos, a expectativa é de que a lotação seja menor. A licitação prevê a diminuição de seis para quatro passageiros por metro quadrado (m²).
"Depende da indústria ter a capacidade de fabricar, mas até hoje tudo está dentro do cronograma e trabalhamos com o prazo de início de março para eles estarem na rua", explica.
Outra exigência do contrato é que 25% da frota tenha ar-condicionado no primeiro ano. Hoje, apenas 14,92% dos veículos das empresas privadas contêm o equipamento, mas o gerente garante que a maioria dos que serão substituídos já possuem. Em até 10 anos, 100% da frota deverá ter ar.
A identidade visual dos coletivos também será alterada, Veículos da cor azul serão da zona sul de Porto Alegre, verdes da zona leste, vermelhos da zona norte, e laranjas, da Carris. O tamanho dos letreiros também será modificado para facilitar a visualização por parte dos usuários.
Segundo o diretor presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, um grupo de trabalho formado na época da assinatura está acompanhando todo o processo. Conforme ele, a operação só será autorizada após uma equipe fazer uma auditoria para comprovar que as empresas realmente atenderam às exigência dos contratos.