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Ao empreender em Porto Alegre, Mário Cesar Lobo e Lígia Saldanha tiveram uma ideia que deixaria os três porquinhos morrendo de inveja. Mais barato do que usar tijolos, ainda mais rápido do que construir com madeira e quiçá até mais inusitado do que palha, eles construíram um condomínio feito de contêineres na Rua Vidal de Negreiros, no bairro São José.
Dentro de oito dessas caixas gigantes de metal que outrora transportaram cargas, foram construídos 16 quitinetes de 14 m², com quarto, banheiro e cozinha privativos. Para o calor não fritar os inquilinos, os contêineres foram revestidos com uma manta térmica e acústica e receberam aparelhos de ar-condicionado. O empreendimento foi lançado em dezembro e, até então, dois dos apartamentos foram alugados.
Já é até comum ver essas caixas de aço abrigando lojas e outros estabelecimentos no Brasil, mas a ideia de fazer delas um lugar para morar veio do outro lado do oceano. O casal chegou até a viajar para Amsterdam, capital da Holanda, para visitar uma vila com mil desses apartamentos de metal. Bem como a iniciativa dos porto-alegrenses, o condomínio europeu foi construído com foco nos estudantes.
Lígia destaca que, além de ser uma forma mais barata de construir, há uma tendência mundial por moradias sustentáveis. Ela lembra que os contêineres são reutilizados e produzem menos entulho que as construções convencionais. E o negócio não deve parar por aí. No mesmo condomínio, o casal pretende construir mais 22 novos quitinetes até o final do ano, em três andares.
Para comprar e transformar cada um dos oito contêineres, Lígia e Mário investiram cerca de R$ 40 mil reais. Os quitinetes serão alugados por semestre, ao custo de R$ 890 mensais.