Alvo de polêmica, uma área que era utilizada pela Associação Pró-Esporte, Cultura e Meio Ambiente - Proa, às margens do Guaíba, na zona sul de Porto Alegre, está abandonada desde março de 2015, quando precisou ser devolvida ao Estado. A antiga sede da associação está deteriorada e é alvo de vandalismo. A Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh) ainda não sabe o que fará no terreno na Avenida Guaíba.
O órgão informou que está sendo feita uma análise para definir a utilização da área, que fica na Vila Assunção. Conforme o diretor do Departamento de Administração do Patrimônio do Estado, Régis Alves, é necessário realizar um estudo técnico que indique a melhor destinação para o local.
Segundo o Departamento de Administração do Patrimônio do Estado, a reintegração de posse foi executada "por motivo de desvio de finalidade de uso por parte da associação". Isso quer dizer que, de acordo com o entendimento do Estado, as atividades exercidas não eram compatíveis com as ações pertinentes à associação.
A Proa foi criada para aproximar os moradores da orla, segundo o presidente Alexandre Hartmann, incentivando a prática de esportes náuticos. Entretanto, moradores reclamavam que o espaço também desempenhava papel de bar, inclusive à noite. Após uma série de reuniões com a prefeitura e o governo do Estado, a associação não conseguiu renovar o alvará de funcionamento.
Hartmann afirma que, atualmente, a associação não tem espaço para desempenhar seus projetos.
O espaço pode estar abandonado, mas nem de perto ficou desocupado. Moradores relatam que usuários de drogas utilizam o imóvel de madeira, e muita gente frequenta o espaço para tomar banho no Guaíba - ignorando o fato de as águas serem impróprias para banho no local.