Três grandes centros de saúde devem ser construídos em Porto Alegre com o objetivo de descentralizar o atendimento privado de baixa e média complexidade, conforme anunciado ontem pela manhã, na assinatura de um projeto que é uma parceria entre a prefeitura da Capital, o Hospital Moinhos de Vento, a construtora Melnick Even e o Grupo Zaffari. Uma quarta unidade, que já foi divulgada em novembro, será erguida em Canoas
O plano consiste em criar uma rede, batizada de Hub da Saúde, que conecte hospitais, empresas, associações, instituições de ensino e entidades do setor, em áreas populosas. São empreendimentos multiuso, que tem como foco levar a promoção da saúde para essas áreas. O Hospital Moinhos de Vento ocupará parte de cada um desses complexos, construídos pela Melnick Even.
- Teremos atendimentos de alta complexidade no Hospital Moinhos de Vento e de média e baixa complexidade nessas unidades. Tudo integrado por uma rede inteligente. Ou seja, o paciente que acessar qualquer unidade está acessando o hospital. Com isso, ficaremos mais próximos do cidadão, de onde ele mora ou trabalha. O hospital fica preparado na retaguarda para atender os pacientes de maior complexidade. Essa é uma tendência mundial (a descentralização). Os países desenvolvidos têm feito isso - explicou o superintendente-executivo do hospital, Fernando Andreatta Torelly.
De acordo com Torelly, por isso as unidades estão projetadas para ficar a menos de 20 quilômetros de distância do hospital-base. Se em um procedimento intermediário a equipe perceber que o paciente precisa de intervenções mais complexas, ele poderá ser removido com mais rapidez para o Moinhos de Vento. As mudanças não alteram os serviços que hoje já são oferecidos no hospital.
Uma das unidades já foi lançada em Canoas, onde as obras devem começar no primeiro semestre de 2016. Em Porto Alegre, as unidades que vão compor o Hub da Saúde estarão na Avenida Grécia, na Zona Norte, na Avenida Aparício Borges e no Pontal do Estaleiro, na Zona Sul.
Segundo Leandro Melnick, diretor da Melnick Even, a expectativa é de que as obras nas unidades de Porto Alegre comecem a ser erguidas em 2016 e 2017, com previsão de conclusão para 2019 ou 2020. Melnick complementa que serão uma mistura de medicina diagnóstica e clínicas especializadas:
- Todas estarão localizadas em vias estruturantes e de grande fluxo, com acessibilidade máxima de até 20 quilômetros para o Hospital Moinhos de Vento. E todas já estão em tramitação na prefeitura.
Para o secretário municipal de Saúde da Capital, Fernando Ritter, uma das finalidades desse projeto é deixar a cidade mais bem preparada para a promoção da saúde, já que as unidades por instalar resultarão em uma série de contrapartidas para as regiões, ainda não definidas, mas que podem incluir ciclovias, melhora do tráfego, construção de unidades de saúde pública.
- Estamos aqui reunindo três grandes parceiros para pensar mais no conceito da saúde do que naquele da doença - complementou o prefeito José Fortunati, presente no evento.
Nos empreendimentos, estão previstos, além dos serviços voltados à saúde, hospedagem e unidades do Zaffari.
