Pelo menos seis coletivos - cinco ônibus e um lotação - foram incendiados na noite desta terça-feira em Porto Alegre. Conforme a Brigada Militar, as ações criminosas ocorreram nas avenidas Oscar Pereira e Eduardo Prado, na Rua Ventos do Sul e no bairro Restinga, no Extremo Sul da Capital. O comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Kléber Rodrigues Goulart, acredita haver ligação entre os casos devido à forma como os ataques foram realizados.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que todos os ônibus do consórcio STS e as linhas T11 e T4, da Carris, suspenderam a circulação na Zona Sul após os ataques.
Ônibus voltam a funcionar a partir das 7h com alterações nos trajetos
Na Oscar Pereira, um lotação e um ônibus foram interceptados por um grupo de pelos menos cinco pessoas. De acordo com a BM, os criminosos, com armas em punho, bloquearam a via com pedaços de madeira e obrigaram o motorista do lotação a parar. Eles chegaram a apedrejar o coletivo, ferindo o motorista que precisou de atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS).
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O motorista do ônibus que fazia a linha 289, Rincão-Oscar Pereira percebeu o ataque ao lotação e parou o veículo a cerca de 200 metros.
- Eles estavam em cima do lotação em chamas. Quando me viram, correram em minha direção mandando todo mundo descer. Não tinha como eu voltar por causa do movimento na rua - conta Alexandre da Costa Torres, de 47 anos.
Segundo ele, o grupo deu tiros para cima e contra o para-brisa do ônibus, mas ninguém se feriu. Após atearem fogo nos dois coletivos, eles fugiram.
Relembre casos de ataques a coletivos em 2015 em Porto Alegre
Essa ação é em represália a uma abordagem da Brigada Militar realizada na tarde desta terça-feira, quando Luciano Gustavo da Rosa foi baleado e morreu no hospital.
Na Rua Ventos do Sul, seis pessoas armadas teriam descido de dois carros e ateado fogo a dois coletivos que estavam no final da linha. Na Eduardo Prado, o ataque teria sido cometido por pelo menos dois motociclistas armados.