Ao viajar à Líbia em 2011 para cobrir a situação das mulheres no país após a queda do regime do coronel Muamar Kadafi, a jornalista francesa Annick Cojean, repórter do jornal Le Monde, esbarrou num testemunho alarmante. Uma mulher contou-lhe que, aos 15 anos, havia sido escolhida para prestar serviços sexuais ao homem mais poderoso do país. Durante sete anos, a mulher, identificada apenas como Soraya, foi submetida a uma torrente de sevícias pelo homem que prometia "libertar totalmente as mulheres da Líbia". No livro-reportagem O Harém de Kadafi - A História Real (Verus, R$ 35), Annick traça um retrato do reino de horror político e sexual engendrado pelo ditador morto em 2011. Na última terça-feira, Annick falou sobre seu trabalho na 61ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Entrevista
Annick Cojean: "Kadafi utilizou sexo e estupro como armas de poder"
Durante a 61ª Feira do Livro de Porto Alegre, a escritora falou sobre o livro-reportagem O Harém de Kadafi - A História Real, que traça um retrato do reino de horror político e sexual engendrado pelo ditador na Líbia
Luiz Antônio Araujo
Enviar email