Ainda estou me recuperando da viagem para a China, onde realizamos um congresso que planejamos há anos com nossos colegas chineses. Todo o processo de comunicação com eles sempre foi complicado - diferença de 12 horas, maneira de se expressar muito diferente, distinta noção de hierarquia. Sotaque difícil - em inglês, que era a primeira língua de apenas alguns integrantes do grupo. A primeira das - e uma das melhores - histórias do congresso foi eu chegar ao hotel cansada, de noite, e pedir ao serviço de quarto uma sopinha de galinha, e receber em cinco minutos a visita de duas massagistas. Todas nos entreolhamos atônitas. Sopa? Massagem nos pés? Provavelmente jamais saberemos onde se perdeu a tradução, mas rapidamente todos os ocidentais do congresso perguntavam-se, bem-humorados, se para jantar precisávamos pedir uma ou duas massagistas. Enfim.
Colunistas
Cristina Bonorino: a mesma língua
" A ciência tem uma linguagem que unifica. Podemos ter hipóteses diferentes sobre um mesmo fenômeno, mas com raras exceções todos vamos concordar nas melhores maneiras de testá-las"