O Acampamento Farroupilha não é feito só de comida pesada e doces calóricos. A tenda da Caravana do Marrocos oferece delícias para os apaixonados por guloseimas que não pesam tanto assim na consciência: cocadas com redução de 50% de açúcar e até sem glúten.
Imigrantes provam comidas gaudérias no Acampamento Farroupilha
Mãos de tesoura no acampamento: Jordan faz a barba e o cabelo da gauderiada
A matéria-prima básica leva acompanhamentos como maracujá, abacaxi e figo, receitas que usam mais o doce da fruta e menos o açúcar da cana, explica a vendedora Vanessa Boll, gaúcha Novo Hamburgo, que viaja por todo Brasil em feiras que comercializam o produto. A cocada marroquina é cozida por até 20 horas em tachos, como no seu país de origem.
Leia outras notícias do Acampamento Farroupilha
Também com açúcar reduzido, há opções de cocada com doce de leite, chocolate - a mais vendida no acampamento - e damasco, além de goiabada cascão e abóbora com coco.
- Tem redução do açúcar, mas não deixa de ser doce, vamos adaptando nosso paladar ao que é mais natural. Eu, por exemplo, troquei a bala de goma pela cocada de abóbora com coco - compara Vanessa.
Leia outras notícias do dia
A mais elaborada é o Mix dos Deus, que leva uma mistura de castanhas, nozes e amêndoas e é zero açúcar. Todas as receitas são do país africano e desenvolvidas na fábrica da empresa que tem proprietários marroquinos, em Saquarema, litoral do Rio de Janeiro.
A tenda, localizada ao lado das churrasqueiras, chama atenção por ser decorada com as cores da bandeira do Marrocos - vermelho e verde. O formato das peças inteiras da cocada despertam a curiosidade dos visitantes. Há quem pergunte se é queijo, torta e desconfie quando os vendedores falam da cocada.
- Ela é feita de forma totalmente diferente da cocada brasileira. Tem duração de seis meses e não vai na geladeira. As pessoas se surpreendem positivamente com o sabor - conta Vanessa.
Há dois anos vivendo no Brasil, o marroquino Mustafa Jafar, 29 anos, também está auxiliando nas vendas ao mesmo tempo em que, pela primeira vez, tem contato com a cultura gaúcha.
- É muito diferente de tudo que eu já vi - diz ele, que chegou esta semana em Porto Alegre.
A venda das cocadas é feita a granel (o quilo sai, em média, R$ 50) ou em embalagens menores. O item mais caro é o Mix dos Deuses, em que o kg sai por R$ 150.
Curta nossa página no Facebook
Comilança
Vida saudável no acampamento: tem doce com redução de açúcar na tenda do Marrocos
Receita do país africano leva acompanhamentos como maracujá, abacaxi e figo
Jeniffer Gularte
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project