Após a implantação do scanner corporal nas revistas, a apreensão de drogas com visitantes quase dobrou no Presídio Central de Porto Alegre. Nos primeiros oito meses de 2014, quando ainda havia a revista íntima nas penitenciárias, foram apreendidos 10,5 quilos de entorpecentes com visitantes. O mesmo período de 2015, já com o auxílio da tecnologia, registrou a apreensão 19,5 quilos de drogas. As informações são da Rádio Gaúcha.
O juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska, destaca que, além de respeitar a intimidade dos visitantes, o scanner corporal acaba sendo mais eficiente na apreensão de drogas e celulares.
Com scanner corporal, apreensão de drogas cresce 300% no Presídio Central
"Essa situação de fazer com que esposas, mães, avós, filhas, se resnudarem e fazer agachamentos, mostrar as partes íntimas, isso é uma coisa que não tem muito sentido e inclusive não é muito seguro. O que fizemos agora comprova que aquele procedimento, além de ultrapassado e violador da intimidade, não era um procedimento que assegurasse uma segurança quanto ao ingresso de drogas ao presídio. O que estamos fazendo agora é respeitar a intimidade dos visitantes com muito mais eficiência."
Brzuska também acredita que a circulação de drogas dentro das galerias do Presídio Central diminuiu de 70 a 80% após a implantação do scanner. O uso do equipamento também reduziu em 50% a entrada de celulares na penitenciária através dos visitantes.
A revista íntima foi abolida dos presídios gaúchos em 2014. Hoje, o procedimento é feito por scanner corporal, um equipamento que funciona como uma espécie de raio-x. Apenas 20 segundos por pessoa são necessários para a conclusão da revista.
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