Na 11ª ação de combate ao tráfico de drogas sintéticas na Capital, realizada nesta terça-feira, a Polícia Civil prendeu três pessoas e apreendeu cerca de R$ 5 mil em substâncias ilícitas comercializadas para uso em academias e raves, além de um carro e R$ 10 mil em dinheiro nos bairros Bela Vista e Lindoia. Iniciada no começo do ano, a operação é chamada de VIP, em alusão ao público que os traficantes têm como alvo: as classes média e alta.
De acordo com o delegado Mario Souza, foram apreendidos anabolizantes (como durateston, oxandrolona e propionato de testosterona), anestésicos (como quetamina, mais conhecida como a droga special-k entre frequentadores de festas de música eletrônica), além de lança-perfume e maconha. Pela primeira vez, a 1ª delegacia do Denarc apreendeu GHB - droga conhecida como ecstasy líquido, que é consumido com bebidas alcoólicas em festas.
Julgamento no STF pode levar Brasil a descriminalizar porte de drogas
Leia mais notícias sobre drogas
- Os traficantes estão sempre inovando e oferecendo drogas como o GHB. Eles vendem ilusão, dizem que o GHB é mais forte, causa menos mal e vira febre. Mas é mentira, e os casos de pessoas que passam mal, com convulsões, problemas de rim e fígado, cada vez mais graves, estão chegando aos hospitais - afirma Souza.
Ainda segundo o delegado, os traficantes que vendem essas drogas sintéticas são especializados neste "ramo" e frequentam academias e festas rave. Possuem essas características os suspeitos presos nesta terça, dois homens, de 33 e de 26 anos, e uma mulher, de 20 anos. Nas 11 ações da Operação VIP, mais de 25 pessoas já foram presas.
- Eles vendem para pessoas com mais condições financeiras e que querem consumir essas novidades. Novidades entre aspas, mas que raramente eram encontradas pelas polícia - afirma Souza.