Pais de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Emílio Kemp, no bairro Partenon, montaram uma barricada em meio à Rua Monteiro Lobato na tarde desta segunda-feira.
Para bloquear a via, em ponto próximo à Avenida Ipiranga, utilizaram provas do que motivou o protesto: galhos da árvore que caiu ao lado da instituição de ensino em um temporal no dia 20 de julho e danificou canos e fios, deixando a instituição sem água, luz, telefone e internet há mais de três semanas.
As crianças voltaram às aulas nesta segunda, duas semanas depois do recomeço na rede estadual, mas os familiares se preocupam com as condições do local:
- As crianças já estão inquietas, querem retornar. Mas não tem água, não tem luz. Na escuridão, elas vão forçar as vistas - diz o segurança Paulo Reinaldo Teixeira da Silva, 47 anos, pai de dois alunos da escola.
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A diretora da escola, Sheila Fonseca Camboim, explica que, em função das condições precárias, os estudantes estão com aulas em meio período. O cronograma escolar já está prejudicado:
- Por causa do atraso, vamos ter que fazer aulas em sábado, é uma nova programação para os pais e organização para os professores. Sem falar que quebra um processo que sempre está em andamento, que é a questão da aprendizagem - afirma.
Segundo Sheila, a escola necessita da ajuda do poder público para retirar o tronco e raízes da árvore, que ainda estão no local, a fim de pedir o conserto das redes de telefone, água e luz.
Até a manhã desta segunda-feira, os pedaços do vegetal cortados pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) ainda estavam no pátio da escola, mas uma equipe do Departamento Municipal de Lixo e Esgoto (DMLU) chegou em meio à manifestação para remover o entulho.
Entretanto, de acordo o supervisor de Praças, Parques e Jardins da Smam, Léo Bulling, a prefeitura não tem condições de fazer a remoção das raízes e tronco da árvore. Segundo Bulling, por se tratar de um incidente ocorrido dentro do pátio de uma escola estadual, a competência é do Governo do Estado.
O coordenador de Obras da Secretaria Estadual de Educação, Toni Pacheco, afirma que a pasta está ciente do problema e contava com o auxílio da prefeitura para resolvê-lo. Ele garante que, caso a Smam não remova as partes remanescentes da espécie, iniciará a contratação de uma empresa em caráter emergencial nos próximos dias.
Até o final da tarde desta segunda, a rua seguia bloqueada.