As escolas estaduais de Porto Alegre paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira. Desde a semana passada, o Cpers orientava os professores a não reiniciarem o ano letivo em protesto pelo parcelamento dos salários dos servidores do Estado. Em razão da mobilização anunciada, poucos alunos compareceram às instituições.
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No Colégio Estadual Julio de Castilhos, no Bairro Farroupilha, apenas cinco estudantes estiveram na escola, por volta das 7h30min. Representantes do Grêmio Estudantil estenderam uma faixa na frente da instituição em apoio à paralisação.
- A escola teve verbas cortadas pelo Estado , não temos nem papel higiênico nos banheiros. O corte dos salários é mais uma etapa desta desvalorização da educação - justificou Yâmena Moraes, 18 anos, do 3º ano do Ensino Médio e representante do Grêmio Estudantil.
Posted by Diário Gaúcho on Segunda, 3 de agosto de 2015
Colégio Estadual Julio de Castilhos, em Porto Alegre, suspendeu as atividades por hoje. Grêmio estudantil da instituição...
O mesmo ocorreu no Instituto de Educação Flores da Cunha, onde cartazes foram colocados nos portões alertando sobre a paralisação. Nenhum aluno esteve no local, pois desde sexta-feira eles foram informados pelas redes sociais de que não haveria aula nesta segunda.
No Instituto de Educação Flores da Cunha, cartazes alertam sobre a paralisação
Foto: Ricardo Duarte / Agência RBS
Na Escola Técnica Parobé, apenas dez dos 32 professores estavam na instituição no período da manhã. O diretor Luiz Carlos de Oliveira chegou por volta das 6h para recepcionar alunos e professores. Dos 3,7 mil estudantes, apenas 650 do Ensino Médio voltariam às aulas nesta segunda-feira. O restante, alunos dos cursos técnicos, só retornam na próxima semana.
- Vim cedo porque temia não ter alguém para receber os alunos. Definiremos os rumos da escola só mais tarde. Por enquanto, estamos orientando os estudantes sobre a paralisação - explicou o diretor.
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Mobilizados, professores do Colégio Estadual Cel. Afonso Emílio Massot colocaram na frente da escola um cartaz explicando os motivos da paralisação nesta segunda. Apenas dez dos 1,1 mil estudantes foram à escola e retornaram para casa. De acordo com a vice-diretora, Neiva Lazzarotto, as aulas terão turnos reduzidos, a partir de terça-feira, até que os 80 professores da instituição recebam os salários por completo.
- Foi cruel e inaceitável o que o Estado fez com seus servidores. Não podemos deixar assim. Na terça, faremos reuniões nos três turnos e decidiremos como será a redução da jornada - afirmou.
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* Diário Gaúcho