Com a umidade do ar entre 70% e 100% nas duas últimas semanas, está difícil secar as roupas limpas em Porto Alegre. Quem não tem secadora em casa passa por dificuldades na tarefa de deixar as vestes prontas para o uso após a lavagem.
Com uma trégua na chuva, muita gente aproveitou a sexta-feira nublada para lotar o varal ou usar serviços de lavanderia. No bairro Camaquã, onde casas com pátio são uma realidade mais frequente do que prédios, a cada esquina encontrava-se um varal repleto de camisetas, calças, blusões e lençóis estendidos na tarde desta sexta.
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Enquanto se ocupavam dos afazeres domésticos, as donas de casa ficavam com um olho no serviço e outro no céu. A qualquer sinal de chuva, elas teriam que correr para recolher a roupa. Em uma travessa da Rua Doutor Barcelos, Denise Oliveira improvisou varais em frente à casa e dentro da garagem. É que secar na estufa, como tem feito nos últimos dias, não tem adiantado muito.
- Está muito difícil, a gente fica sem opção, por isso tem que aproveitar esse tempo - diz Denise.
Em uma lavanderia na Zona Norte da Capital, localizada na entrada de um hipermercado, a procura por serviços de lavagem e secagem aumentou em 70% desde que a umidade se elevou. Como a região é cercada por prédios, e nem todos possuem local para estender as roupas, os moradores acabam optando pela praticidade de secar na máquina.
- Temos 14 máquinas e não estamos dando conta de tanto trabalho. Temos que trabalhar domingo para conseguir finalizar as entregas - disse Fernando Souza, proprietário da loja, que gastou cerca de 10 quilos de sabão em pó no último mês.