Após protesto de servidores do Judiciário estadual, na manhã desta quinta-feira, em frente ao Palácio da Justiça, no centro de Porto Alegre, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) ofereceu à categoria o reajuste salarial de 8,13%, em parcela única.
A reivindicação do servidores era de reposição de 15%. A proposta, agora, é analisada em assembleia que ocorre nesta tarde. Na reunião, a categoria deve ainda avaliar a greve, que teve início dá mais de duas semanas, e sua continuidade.
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Nesta manhã, os manifestantes também reivindicaram o preenchimento de cerca de 2 mil cargos vagos e se colocavam contra à "autoconcessão do auxílio-moradia" dos magistrados do Rio Grande do Sul. O protesto ocorreu concomitantemente a uma mesa de negociação entre representantes do Sindicato dos Servidores da Justiça (SindJus) e a presidência do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS).
- Essa autoconcessão do auxílio moradia é um absoluto desrespeito conosco e com toda a sociedade. Como pode um juiz, que se autoconcedeu auxílio-moradia de mais de R$ 4 mil, se sentir no direito de, com a mesma caneta, determinar uma reintegração de posse de área ocupada por quem não tem onde morar? É a pior imoralidade já praticada pelo Judiciário - argumenta o secretário-geral do SindJus, Davi Pio.
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A categoria ainda pede redução da jornada de trabalho, construção de um Plano de Cargos e Salários negociado e a definição de um calendário de reposição das perdas salariais. De acordo com Pio, os servidores também estão reunidos contra o assédio moral que estaria sofrendo em função de se colocarem contra a concessão do auxílio-moradia.
* Zero Hora
Reivindicações
Após protesto de servidores, TJ oferece reajuste de 8,13%
Em greve há mais de duas semanas, funcionários da Justiça avaliam proposta em assembleia. Reivindicação era de reajuste de 15%
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