Uma pesquisa realizada no último fim de semana mostra que o cercamento do Parque da Redenção, em Porto Alegre, é apoiado pela maioria dos frequentadores - mas a margem, apertada, mostra opiniões divididas. Segundo o levantamento do instituto Index, 56% dos entrevistados são favoráveis à medida, enquanto 43% são contrários.
O principal motivo apontado pelos que aprovam a colocação de cerca é a segurança, justificativa apontada por 53% dos entrevistados. As informações são da Rádio Gaúcha.
- Não chega a ser uma surpresa o número ser parecido de pessoas contrárias e favoráveis ao cercamento do parque. O pessoal já está saturado com a insegurança. Se tivesse um policiamento maior na Redenção, acredito que o número de pessoas favoráveis ao cercamento fosse menor - apontou o cientista político Caco Arais, diretor do instituto Index, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta terça-feira.
A margem de erro da pesquisa é de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. No total, 600 pessoas foram ouvidas.
Em 2013, um estudo realizado por uma aluna do curso de Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), que ouviu 70 pessoas que passam pelo parque em suas atividades diárias, chegou à conclusão que mais da metade dos frequentadores estava insatisfeita com a segurança do local. No entanto, somente um quarto deles via no cercamento uma boa solução para o tema.
Votação do plebiscito novamente adiado
Na tarde de segunda-feira, a votação do projeto de lei que prevê a realização de um plebiscito para decidir sobre o cercamento foi adiada pela terceira vez. O próprio autor do projeto, o vereador Nereu DÁvila (PDT), pediu pelo adiamento em favor da votação do projeto de reestruturação da Secretaria da Fazenda.
Em discussão entre os porto-alegrenses há mais de duas décadas, o cercamento dos 37 hectares da Redenção seria decidido pela primeira vez na forma de plebiscito caso o projeto fosse aprovado.
* Rádio Gaúcha e Zero Hora