A inauguração da Usina de Asfalto Restinga, nesta sexta-feira, representa para a prefeitura de Porto Alegre o primeiro passo para dar fim à buraqueira das ruas e avenidas da cidade. Com capacidade de produzir 140 toneladas por hora - mais que o dobro do que a antiga, que fabricava 60 toneladas e, agora, está saindo de operação -, a nova unidade servirá para intensificar a operação tapa-buracos e fornecer asfalto para obras, atualmente comprado de fora.
No cronograma de melhorias, está a inauguração de outra usina de produção asfáltica, no bairro Sarandi, em junho. Com a adição de um polímero à mistura, as novas unidades fabricarão um material de melhor qualidade. O custo de produção fica 20% maior, mas, com o aumento da vida útil do asfalto - que deve subir dos atuais 10 para pelo menos 15 anos -, a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) calcula economia de até 60%.
- A situação que encontramos hoje, que está longe de ser a ideal, irá melhorar muito no próximo semestre e no próximo ano - garante o titular da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), Mauro Zacher.
As usinas da Restinga e do Sarandi representam um investimento de R$ 3,2 milhões e poluem menos, já que operam com gás natural e reaproveitam o material gerado na fabricação. A expectativa é que, segundo Zacher, 120 toneladas de asfalto sejam empregadas por dia apenas para a manutenção de vias já pavimentadas - hoje, são usadas 30 toneladas - com as duas unidades já em funcionamento.
Somada às inaugurações, a prefeitura aposta no projeto de financiamento de R$ 100 milhões para a requalificação de 100 quilômetros de ruas e avenidas da cidade conquistado junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), do Banco de Desenvolvimento da América Latina. Em preparação, a licitação deve ser lançada em abril.