Mais de 10 cavalos foram encontrados soltos na manhã desta quarta-feira (8) na Avenida Severo Dullius, na zona norte de Porto Alegre.
Imagens mostram os animais andando pela pista, causando transtornos aos motoristas que precisam utilizar a avenida.
A Empresa de Transporte e Circulação (EPTC) esteve no local e a situação já havia sido contornada.
De acordo com a EPTC os animais são de moradores da região e já teriam sido recolhidos na noite de terça-feira (7), mas escaparam novamente.
Havia uma cerca neste entorno, mas foi arrombada. Moradores da região dizem que vão refazer a estrutura até o fim da semana.
A EPTC voltou ao local na manhã desta quarta-feira e prometeu recolher os animais caso a situação se repita.
Rondas diárias
Gilberto Machado Fonseca, chefe da Equipe de Veículos de Tração Animal (EVTA), da EPTC, explica que o trecho onde os equinos foram vistos é um ponto frequente onde animais são encontrados. Ele pontua que os cavalos pertencem a moradores de uma comunidade que fica na Rua Sérgio Jungblut Dieterich, no bairro Sarandi.
Segundo ele, quando a EPTC chegou na Avenida Severo Dullius, nesta manhã, os animais não estavam mais na via. A suspeita é de que os cavalos sejam colocados para pastar junto a uma fazenda que há no local. Na tentativa de retirá-los do pasto, eles estariam fugindo para a estrada.
Fonseca diz que a equipe da EVTA vai passar a fazer rondas diárias no local para garantir que os cavalos não fiquem mais na rua, se colocando em perigo e oferecendo risco aos motoristas.
— Vamos seguir fazendo rondas e até permanência no local todas as manhãs no primeiro horário — diz.
O chefe da EVTA pontua que há três pontos críticos de abandono de cavalos na Zona Norte, que são constantemente monitorados:
- Avenida das Indústrias
- Rua Sérgio Jungblut Dieterich
- Avenida Assis Brasil, próximo à Freeway
Recolhimento e adoção
Quando a EVTA localiza animais abandonados ou em situação de maus-tratos, eles são levados para o abrigo da EPTC, que fica na Zona Sul. Lá, passam por avaliação veterinária e recebem chip de identificação.
Caso o tutor do animal deseje recuperá-lo, ele pode se deslocar até o abrigo, onde vai assinar um termo de responsabilidade.
O animal passa a constar no cadastro da EPTC e o tutor pode ser acionado legalmente caso o cavalo seja apreendido em situação de abandono ou maus-tratos.
No abrigo, os animais ficam até 15 dias à espera do tutor. Após esse período, são colocados para adoção. Atualmente, há 43 cavalos no espaço. Destes, 29 estão aptos para adoção.
Como adotar
Para adotar um equino é preciso ter uma propriedade rural registrada com, no mínimo, dois hectares e meio de pastagem e comprovar experiência de trato com animais de grande porte. O adotante assina um termo afirmando que o cavalos não será usado para gerar renda, como puxar carroças, por exemplo.
Depois de adotado, conforme previsto em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público (MP), ocorrerão vistorias de seis em seis meses, nas quais serão tiradas fotos e serão feitas verificações do animal. É possível visitar o abrigo com agendamento prévio.
- Onde: o abrigo fica Rua Antônio Crispim Amado, nº 187, no bairro Lami (em frente à Cabanha da Figueira)
- Horário: de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h
- Contato: (51) 98131-1846