Uma tentativa de invasão da UPA Zona Norte, em Porto Alegre, levou à interrupção do atendimento por volta de 19h30min desta quarta-feira. A informação é do Sindicato Médico do RS (Simers). A suspensão durou cerca de uma hora e, às 21h30min, a situação já estava normalizada, segundo o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que administra o posto de saúde.
De acordo com a assessoria do GHC, a confusão aconteceu porque pacientes avaliados como "fora de perigo" (que recebem selo verde) se revoltaram com o tempo de espera - que chegou a superar 10 horas. Isso teria acontecido devido à demanda de casos considerados graves (selos laranja e amarelo) ter sido acima da média, o que elevou a espera dos demais.
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O GHC confirmou que havia 105 pessoas aguardando atendimento por volta das 21h30min, mas que todas elas não corriam risco de vida. O total de atendimentos chegou a 290 até aquele momento, número 30% maior do que a média diária da UPA.
O Simers informou, por nota, que se iria até a UPA "para apoiar médicos que tiveram de parar a assistência diante da tensão e o risco de violência" e que chamou a Brigada Militar para ajudar a administrar o caso.
Segundo o sindicato, funcionários do posto disseram que havia cerca de cem pessoas aguardando por consultas, mas sem "estrutura de pessoal suficiente para dar conta da demanda".
"A UPA virou um postão para acolher consultas sem urgência, que acabam não sendo resolvidas em postos devido à carência da estrutura. Moradores de cidades da Região Metropolitana também buscam o postão. O problema já foi comunicado ao GHC, informou a nota. No ano passado, a entidade registrou na Polícia Civil um tumulto e a tentativa de invasão, e também pediu providências do Ministério Público.
* Zero Hora