O assassinato do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, no domingo, em Tramandaí, com um tiro de fuzil, apresentou como componente novo a homenagem pública feita a um criminoso, na entrada de um condomínio, na Avenida Princesa Isabel, na Capital.
Luto pela morte de traficantes não chega a ser novidade em Porto Alegre. Em 1979, no Morro da Cruz, em várias casas foram colocadas bandeiras pretas devido ao assassinato de Eduardo Corrêa dos Santos, o Anão, então líder do tráfico na vila. Dez anos depois, a atitude foi repetida após a morte de Humberto Luciano Brás de Souza, o Carioca, sucessor de Anão. Porém, numa região central da cidade, por onde passam dezenas de milhares de pessoas, oriundas de diferentes zonas e bairros, eu ainda não havia visto.
O experiente repórter Humberto Trezzi, de Zero Hora, responsável por inúmeras coberturas sobres os temas violência e criminalidade, neste Brasil afora e no Exterior, só lembra ter visto algo semelhante na favela do Vidigal, no auge da guerra do tráfico no Rio de Janeiro.
A homenagem a Xandi é mais um sinal dos novos tempos da criminalidade em Porto Alegre.
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