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A proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) na última terça-feira, que tinha validade de 24 horas, foi prorrogada até a próxima quarta-feira. O motivo da medida é aguardar o resultado do plebiscito do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos e Seletivos Urbanos de Passageiros da Cidade de Porto Alegre (Stetpoa), que será realizado entre terça e quarta-feira.
A assembleia da terça-feira da semana passada, realizada no Ginásio da Brigada Militar, terminou sem definição sobre a proposta das empresas de ônibus de conceder aumento de 8% de aumento nos vencimentos, contra os 11,5% pleiteados pelos trabalhadores. Após a proposta ser lida pelo secretário-geral do sindicato, Sérgio Vieira, a maior parte dos trabalhadores que ocupavam as arquibancadas do ginásio se mostrou contrária e começou a protestar. O presidente do Stetpoa, Adair da Silva, encerrou a consulta e afirmou que ela deve ser feita de forma fragmentada. Para os opositores da direção do sindicato, estava claro que a proposta havia sido rejeitada.
Na sexta-feira passada, um grupo de oposição protocolou uma denúncia contra esse formato de votação, que está marcada para começar na madrugada de terça-feira e se estender até a madrugada de quarta. Os rodoviários decidirão se aceitam os 8% de reajuste, além de acréscimo de R$ 2 no vale-alimentação, que passaria de R$ 19 para R$ 21, e pagamento de vale-alimentação para 50% do período de férias.
As principais reivindicações
Redução da jornada: os opositores querem redução de sete horas e 10 minutos para seis horas. Segundo eles, a carga menor é importante para garantir o emprego de motoristas e cobradores quando se efetivar o novo sistema de ônibus da Capital, com os BRTs, porque a previsão de reduzir o número de ônibus que vão ao Centro deverá refletir no corte de postos de trabalho.
Salário: a categoria quer 11,5% de reajuste, mas as empresas oferecem 8%. A oposição defende os 11,5%, e a diretoria do sindicato considera que a proposta patronal "não é ótima", mas é boa.
Intervalão: a oposição quer o fim das três horas e 50 minutos de intervalo.
Tíquete-refeição nas férias: a direção do sindicato defende que é um grande avanço para a categoria que as empresas tenham aceitado fornecer metade dos tíquetes mensais durante as férias.