O relatório final da CPI da Procempa, na Câmara de Vereadores da Capital, foi aprovado pelos vereadores por sete votos favoráveis e cinco contrários. Os documentos serão encaminhados ao Ministério Público para as devidas providências.
Entre os que figuram na lista de indiciados está o ex-diretor da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, André Imar Kulscinsky e outras 12 pessoas. Além dos 13, a CPI sugere o indiciamento de outros cinco nomes.
O vereador Mauro Pinheiro (PT), presidente da CPI, propôs em voto separado a responsabilização por omissão do prefeito José Fortunati e do ex-prefeito José Fogaça, além do atual secretário de Gestão, Urbano Schmitt, e do ex-secretário da pasta, Clóvis Magalhães.
"Não podemos desvincular a Procempa da prefeitura Municipal de Porto Alegre. A Procempa não é uma ilha. Nós temo toda a documentação que comprova todo o esforço feito pelo senhor Cláudio Manfrói para colocar o senhor André Imar como diretor da empresa e dentro do centro do governo e da parte financeira da prefeitura. Toda uma luta que começou antes do governo Fogaça assumir. (...) Tudo o que foi feito na Procempa foi feito com ordens do paço municipal e com a sabedoria deles. (...) Os dois prefeitos são responsáveis pelo que aconteceu lá!", disse o presidente da CPI
Os vereadores que apresentaram voto em separado possuem um período de 48 horas para que o texto do voto seja anexado ao relatório. Após isso, ele deve ser distribuído para o MP.
A CPI da Procempa investiga desde setembro de 2013 irregularidades e má gestão do dinheiro público que era destinado à empresa. O documento final, que foi aprovado pelos vereadores, tem 230 páginas e foi lido no plenário Otávio Rocha pelo vereador Nereu D"Avila (PDT).
"Fizemos um relatório técnico. (...) Fizemos um trabalho à favor da cidade de Porto Alegre e da restauração desse importante órgão que é a Procempa", disse.