Se o tempo não atrapalhar, a ciclovia do bairro Bom Fim, em Porto Alegre, começa a ser construída em outubro. A previsão é do gerente de projetos de mobilidade da EPTC, Antônio Vigna.
Na noite desta terça-feira (24) Vigna esteve reunido com representantes da associação de moradores do bairro, comerciantes e ciclistas para discutir como será o novo trajeto. O projeto inicial prevê uma ciclovia de 1,7 quilômetro passando pelas ruas Vasco da Gama e Irmão José Otão, entre a Miguel Tostes e a Barros Cassal. Além do trajeto principal, outros dois adjacentes serão construídos na João Telles e Barros Cassal, fazendo a ligação com a avenida Osvaldo Aranha.
O trajeto exclusivo para bicicletas ficará do lado esquerdo da via, contrário às paradas de ônibus, contêineres e pontos de táxis. Vagas de estacionamento serão extintas ou realocadas na região. Um trecho de área azul é estudado pela EPTC na Felipe Camarão, como forma de absorver as vagas que deixarão de existir.
Vagas de estacionamento
A extinção das vagas ocupou parte da discussão da reunião, mas houve um acordo entre EPTC, ciclistas e comerciantes. Esses últimos temem a perda de clientela em virtude da falta de estacionamento próximo aos estabelecimentos. A garantia de realocação de vagas e até mesmo a possibilidade de uma área azul foram bem vistas pelos empresários. Outro problema relatado na região é relativo aos freteiros, que ficam estacionados na João Telles, próximo a Osvaldo Aranha. Um encontro será agendado entre a prefeitura e os transportadores para encontrar um solução que prejudique o trabalho na região.
- A redução dos estacionamentos é um problema no começo, assim como foi no caso da ciclovia da José do Patrocínio. Com o passar do tempo, no entanto, o comerciantes percebem que como tempo todos ganham com as ciclovias - afirma, Vigna.
Problemas no asfalto
A má qualidade do asfalto nas ruas da capital e nos trechos de ciclovia também foi tema da reunião. Os ciclistas cobraram da prefeitura uma solução para os desníveis e buracos nas vias da cidade. Segundo os ciclistas, em alguns trechos o asfalto apresenta ranhuras, rachaduras e buracos que podem causar quedas. Sobre esse tema a EPTC garantiu que, a partir de agora, todas as vias por onde passarão ciclovias terão um trabalho de recuperação asfáltica antes.
Pintura vermelha
A falta de estabilidade nas ciclovias durante os dias de chuva foi outro problema relatado pelos ciclistas. O problema, segundo a maioria deles, é a pintura vermelha que deixa a pista escorregadia e aumenta o riso de acidentes. A EPTC garante que a tinta usada é a recomendada para esse fim, mas admitiu rever o esquema de pintura nas próximas faixas a partir dos relatos.
Plano Diretor Cicloviário
O Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre prevê 495 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas espalhadas pela cidade. Até 2014, a meta da prefeitura é chegar a 50 quilômetros. Atualmente, Porto Alegre tem 17,5 quilômetros de pistas exclusivas para ciclistas.