Após a cirurgia de emergência para tratar uma hemorragia intracraniana, quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é estável. Ele está consciente, conversando e se alimentando, mas deve seguir internado nos próximos dias.
As informações foram detalhadas pela equipe médica, liderada por Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (10).
— Previsão é de que presidente esteja em Brasília na semana que vem — destacou o médico Roberto Kalil Filho, dizendo que ele poderá voltar as atividades, mas ainda devagar.
A cirurgia demorou duas horas. A equipe garantiu que Lula não teve dano cerebral, nem terá sequelas:
— Risco de lesão é zero — destacou Kalil.
Segundo os médicos, trata-se de um hematoma frontoparietal, em cima do lobo frontal. Para trata-lo, foi feito "procedimento padrão em neurocirurgia", destacaram.
Eles afirmaram que imaginou-se, num primeiro momento, que a dor de cabeça do presidente poderia ser um quadro gripal. No entanto, como houve a queda há dois meses, foi feita a ressonância, que descobriu o hematoma.
Como foi a cirurgia
O cardiologista Roberto Kalil Filho informou que o presidente passou por um procedimento chamado trepanação, que é uma pequena perfuração do crânio para drenagem de sangramento no cérebro.
Kalil disse que o presidente sentiu mal-estar na véspera e foi orientado a fazer exames de rotina.
— Fez-se uma tomografia e se constatou novo sangramento na região do cérebro. Após uma ressonância, o sangramento se comprovou — afirmou o médico.
De acordo com o médico Marcos Stavale, Lula teve um sangramento entre o cérebro e a membrana dura-máter. O sangramento, agora removido, havia comprido o cérebro do petista, o que foi tratado no procedimento
O problema de Lula estaria ligado ao acidente doméstico sofrido em 19 de outubro passado. O petista cai no banheiro e bateu a cabeça. Nas semanas seguintes, fez uma série de exames e passou vários dias trabalhando a partir do Palácio da Alvorada, sem comparecer à sede do governo.