O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu ameaças por e-mail nesta quinta-feira (14), após o atentado a bomba ocorrido na noite anterior (quarta, 13). A mensagem foi enviada para a presidência, para a Ouvidoria e para a área de tecnologia da informação e pregava a luta pela eliminação da Corte.
Junto com o texto, que faz menção ao autor das explosões, Francisco Wanderley Luiz, foi enviada uma foto de uma arma de fogo e dois livros religiosos.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse em entrevista coletiva que vê indícios de atuação solitária de Francisco Wanderley na explosão das bombas no STF e no estacionamento do Anexo IV da Câmara, no entanto, destacou que o caso não é tratado como "fato isolado".
— Esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica (...) Entendemos que o episódio de ontem (quarta) não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações — disse Rodrigues.
Morto durante a explosão de um de seus próprios artefatos, ele frequentemente compartilhava em suas redes teorias conspiratórias anticomunistas e foi candidato a vereador em Rio Sul (SC) pelo PL em 2020, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não fazia parte da legenda.