Se confirmada a cassação do deputado federal Mauricio Marcon (Podemos), o mandato hoje ocupado por ele ficará com o PSD, partido que ingressou com a ação contra o parlamentar. Todavia, a substituição só vai ocorrer caso a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) seja referendada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No TRE, os desembargadores decidiram anular todos os votos concedidos a candidatos do Podemos por fraude à cota de gênero na eleição de 2022. Isso ensejaria o recálculo do quociente eleitoral para o cargo de deputado federal.
Nos cálculos das sobras, a vaga deixada por Marcon ficaria inicialmente com o Partido Novo, que elegeu apenas Marcel van Hattem à Câmara. No entanto, o segundo mais votado, Fábio Ostermann, não atingiu votação equivalente a 20% do quociente eleitoral, condição necessária para assumir a cadeira em Brasília.
Assim, a vaga passa para o PSD, que é o próximo da fila, cujo primeiro suplente é Luciano Azevedo. Ex-prefeito de Passo Fundo, Azevedo já está exercendo mandato na Câmara substituindo o deputado Danrlei de Deus, que assumiu a secretaria estadual do Esporte.
Se Danrlei permanecer à frente da pasta, quem herdaria a cadeira deixada por Marcon em Brasília seria a segunda suplente do PSD, Fábia Richter, ex-prefeita de Cristal.
O recálculo oficial dos votos só será feito pelo TRE em caso de confirmação da decisão na corte superior. Marcon e o Podemos confirmaram que entrarão com recurso para reverter o entendimento da corte local.
Para o Podemos, a perda do parlamentar também redundaria na redução do tempo de propaganda em rádio e TV e do fundo eleitoral, calculados com base na representação na Câmara Federal.