O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou para terça-feira (21) a análise dos processos que pedem a cassação do ex-juiz da Operação Lava Jato e atual senador Sergio Moro (União-PR). O julgamento teve início nesta quinta-feira (16), mas só houve tempo para a leitura do relatório do caso, pelo ministro Floriano de Azevedo Marques, o que levou cerca de 40 minutos. Reunião do Supremo Tribunal Federal (STF) às 14h levou o TSE a suspender a sessão.
O ministro Alexandre de Moraes garantiu que a análise dos recursos impetrados pelo PL e pelo PT contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que não viu abuso de poder econômico ou caixa 2 na pré-campanha do senador em 2022 "terá início e será finalizada" na terça.
O caso de Moro será o único item da pauta da sessão plenária do TSE no dia 21, que terá início às 19h.
— Temos a vantagem de não ter sessão do Supremo de madrugada — brincou Moraes logo antes de suspender o julgamento e encerrar a sessão no TSE.
Após a leitura do relatório do caso, Moraes propôs que os advogados das partes — incluindo os representantes de Moro — fizessem suas sustentações orais ainda nesta quinta, sendo que a sessão de terça teria início com o pronunciamento da Procuradoria-Geral Eleitoral, que é contra aos recursos das legendas. Os representantes do PT, do PL e de Moro, no entanto, pediram que todas as argumentações fossem apresentadas em uma mesma sessão.
Assim, esse será o rito quando da retomada do caso, na próxima semana. Após as sustentações orais, será apresentado o voto de Floriano de Azevedo Marques. Em seguida terá início a votação, pelos demais ministros que compõem a Corte: André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo Filho, Maria Isabel Galotti e Alexandre de Moraes.