O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou o sigilo, na manhã desta sexta-feira (15), dos depoimentos dos investigados por tentativa de golpe. As falas eram mantidas em sigilo até então, mas trechos já haviam sido divulgados pela imprensa.
Todos os depoimentos foram colhidos após a operação Tempus Veritatis, que foi deflagrada em 8 de fevereiro. A apuração investiga organização criminosa que estaria envolvida em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito.
Entre os 27 depoimentos cujo sigilo foi derrubado, estão o do ex-presidente Jair Bolsonaro, o do ex-ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, do então chefe da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior, e do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.
Alguns dos investigados, caso do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ficaram em silêncio durante os depoimentos.
Considerados centrais na investigação sobre suposta tentativa de golpe os depoimentos do ex-chefe da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, e do ex-comandante do Exército general, Marco Antônio Freire Gomes, à PF narram reuniões em que Bolsonaro teria tentado arregimentar as Forças Armadas em uma tentativa de se manter no poder.
O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, revelou, em seu depoimento, que o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, comunicou que estaria disposto a prender o então presidente Jair Bolsonaro se ele tentasse executar um golpe de Estado.
