Cinco dias depois de criticar Israel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o país do Oriente Médio. Desta vez a declaração foi dada durante evento do programa "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", no Museu de Arte Moderna do Rio. A fala também foi publicada no X (antigo Twitter), na noite desta sexta-feira.
— Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocava a minha liberdade pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade. Eu sou favorável a criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinados. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leia a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel — disse Lula no evento.
No último domingo (18), Lula acusou Israel de cometer um "genocídio" contra civis palestinos na Faixa de Gaza. Na ocasião, em declaração à imprensa em Adis Abeba, na Etiópia, onde participava da cúpula da União Africana, Lula comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista no regime de Adolf Hitler, de 1933 a 1945.
Ao longo da semana, as declarações do presidente brasileiro resultaram em notas de repudio da comunidade judaica e de entidades especializadas que trabalham com a memória do Holocausto. Lula também causou um desconforto diplomático com Israel, que declarou que ele é persona non grata no país até se desculpar.