Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (8), o ministro em exercício da Justiça e Segurança Pública e interventor no 8 de Janeiro, Ricardo Cappelli, destacou que a Operação Lesa Pátria, que está na 23ª fase para identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos golpistas ocorridos há um ano, continua sem uma data definida para encerrar:
— A Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, não tem data para acabar, ela segue. A cada nova fase ela colhe mais provas, mais indícios que levam a outras investigações.
Há um ano, manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes e ingressaram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, destruindo os prédios.
Comprometido em levar a operação até o fim, o ministro declarou que o governo está determinado a identificar e processar legalmente todos os envolvidos que atentaram contra as instituições, incluindo financiadores e conspiradores.
— No Brasil, nos dias de hoje, é muito difícil uma pessoa cometer um crime e não ser identificada — ressaltou.
Ao abordar o tema do financiamento, o ministro salientou a gravidade de financiar crimes, afirmando que quem o faz também está cometendo um. Cappelli explica que há "financiamento horizontal" neste caso, elucidando que não se trata de um financiamento único:
— É um financiamento pulverizado, financiamento por cidade, por município. As investigações estão verificando a existência se houve ou não um financiamento nacional estruturado.
Conforme relatório atualizado pelo Supremo, o prejuízo causado no prédio da Corte pela depredação chega a R$ 12 milhões. O prejuízo total será cobrado solidariamente dos golpistas que são investigados pela depredação. O ministro em exercício assegurou que a Justiça encontrará meios para cobrar os responsáveis:
— Essas pessoas têm CPF e é fácil de identificar e executar para que elas paguem, ressarçam os cofres públicos pelos danos que causaram.