Pontualmente 14h18min soa o sinal ouvido costumeiramente nas sessões da Assembleia Legislativa. Desta vez, marcando a retomada do ano legislativo pelos deputados estaduais do Rio Grande do Sul.
Depois de duas semanas de recesso parlamentar, a maior mudança sentida é o espaço dedicado às sessões deliberativas — onde acontecem as votações dos projetos. Em vez do prédio principal, voltou a estar em evidência, após 56 anos, o Memorial Legislativo, primeira sede do parlamento gaúcho.
O antigo casarão foi sede da Assembleia durante 132 anos e, agora, será utilizado até a conclusão da reforma do Plenário 20 de Setembro. A previsão é de que a intervenção no Palácio Farroupilha dure aproximadamente dois meses.
No segundo piso, ficam os assentos destinados às bancadas dos partidos. Na parede, logo acima da Mesa Diretora e em meio às bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul, ganha destaque o retrato de um dos líderes da Revolução Farroupilha e que dá nome ao plenário: Bento Gonçalves.
O prédio, na Rua Duque de Caxias, ao lado do Palácio Piratini, soma 233 anos de história. Erguida em 1790, a edificação é considerada a mais antiga de Porto Alegre.
Acesso restrito
Ao contrário do lugar espaçoso que abrigava as sessões deliberativas até a metade do mês de julho, o antigo Plenário Bento Gonçalves possui capacidade consideravelmente inferior e, consequentemente, acesso restrito com base no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI).
Apesar das áreas demarcadas, deputados, assessores e servidores volta e meia tiveram de disputar espaço. O próprio acesso à imprensa externa precisou ser limitado à presença de 10 profissionais simultaneamente.
Durante vários momentos, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin (PSDB), pediu a compreensão de todos neste período de adaptação na nova (e antiga) casa. A organização deve ocorrer no decorrer dos dias, espera o deputado.