A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, ganhou nova sobrevida e irá permanecer no cargo até a semana que vem, garantiu o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. Em fala a jornalistas, o ministro disse que o governo dará atenção especial para a conclusão das votações importantes nesta semana no Congresso e qualquer mudança ministerial ficará para a próxima semana.
De acordo com Pimenta, o governo acompanha com atenção especial a conclusão das votações nesta semana da reforma tributária, do chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e da nova regra fiscal.
— Este é um momento muito importante para o País, pela complexidade dos temas analisados e pela repercussão. O governo entende que o mais adequado, o melhor, é concluir primeiro esse processo de votações e, a partir da semana que vem, se debruçar de forma mais aprofundada sobre as temáticas que envolvem organizações dentro do governo — disse.
A declaração do ministro ocorreu após Daniela ter se reunido na tarde desta quinta-feira (6) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no Palácio do Planalto. A expectativa para o encontro era que a ministra apresentasse sua carta de demissão. Contudo, Pimenta afirmou que "ninguém entregou nenhuma carta".
— A ministra permanece à disposição do governo desempenhando a sua função. Não haverá nenhuma mudança no decorrer desta semana. Vamos dedicar toda nossa energia para acompanhar e ter êxito nas questões que estão sendo tratadas no Congresso — afirma.
De acordo com o ministro, Daniela permanecerá à frente do ministério "até quando o presidente entender".
— Não houve nenhuma mudança de orientação no sentido de que ela continue respondendo por todas as suas responsabilidades — acrescentou.
Pimenta afirmou que o governo irá retomar diálogo com lideranças partidárias do Congresso sobre possíveis novas mudanças ministeriais. O tema político, conforme pontuou, será tratado na semana que vem, quando o Planalto terá mais tempo para conversas.