O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depôs na segunda-feira (24) na Polícia Federal (PF) sobre os incidentes no aeroporto Fiumicino, em Roma, na Itália, quando teria sido hostilizado.
Moraes chegou à sede da Superintendência Regional da PF em São Paulo às 14h e saiu por volta das 17h. Ele estava acompanhado de uma advogada e da família. O ministro detalhou o tumulto em Roma no último dia 14, quando Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto teriam dirigido xingamentos contra ele.
Além do ministro, sua mulher Viviane Barci de Moraes e seus três filhos, Alexandre, Giuliana e Gabriela, também foram ouvidos pela PF. Todos foram à sede em São Paulo e prestaram depoimento por videoconferência para o delegado federal em Brasília Hiroshi Sakaki.
O ministro depôs no inquérito que a PF instaurou sobre o caso. Ele já havia representado à corporação. Além de supostamente hostilizar o ministro, um integrante do grupo teria agredido seu filho, o advogado de 27 anos Alexandre Barci de Moraes.
Na semana passada, a Delegacia da PF em Piracicaba, interior de São Paulo, tomou os depoimentos dos três suspeitos de hostilizar e agredir Moraes e seu filho. O advogado Ralph Tortima, constituído pela família, traçou uma linha de defesa que qualifica o ocorrido no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, como "um mal-entendido".
O ministro do STF estava acompanhado por familiares no aeroporto, quando foi atacado com ofensas e agressões no dia 14 passado por volta das 18h45min do horário local (13h45 no horário de Brasília). Moraes retornava da Universidade de Siena, também na Itália, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.