O vereador de Nova Santa Rita Eliel Antônio Alves da Silva (PRTB) é réu em um processo na 15ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre. Ele responde por lesão corporal, por ter agredido um repórter cinematográfico da RDC TV no início do ano, em frente ao quartel general do Comando Militar do Sul na Capital.
O fato ocorreu no dia 3 de janeiro e a vítima foi o cinegrafista Jocemar Silva, que fazia cobertura jornalística sobre um acampamento de manifestantes bolsonaristas na Avenida Padre Thomé, no Centro Histórico. O profissional da imprensa, conforme vídeo divulgado nas redes sociais, levou um soco quando estava sentado na traseira de um veículo estacionado.
Com a identificação do autor, a Polícia Civil decidiu por concluir o caso com a confecção de um Termo Circunstanciado, usado para registro de crimes de menor poder ofensivo. Depois disso, um processo foi aberto no Poder Judiciário. Houve até uma tentativa de audiência prévia de conciliação, mas que, segundo os autos, não ocorreu por desinteresse de uma das partes.
O juiz Marco Aurélio Xavier deu prazo de 15 dias, na época, para contestação do réu. O passo seguinte na Justiça foi o agendamento de uma audiência preliminar para o dia 25 de maio.
Além do processo criminal, há um processo na 14ª Vara Cível, também no Foro Central de Porto Alegre. O repórter cinematográfico Jocemar Silva ingressou com ação indenizatória contra o vereador de Nova Santa Rita.
Processo de cassação
Na quarta-feira (22), a Câmara de Vereadores de Nova Santa Rita abriu um processo de cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. A abertura do procedimento foi aprovada por seis votos contra quatro.
Logo após a definição, foi formada a comissão que irá apurar a denúncia apresentada no Legislativo municipal. O trabalho deve começar em até cinco dias e ser concluído em até 90 dias. O objetivo é decidir se Silva será impedido ou não de exercer as funções de vereador.
Contraponto
Na época do fato, Eliel Silva alegou ter sido provocado pelo cinegrafista e ainda argumentou que enfrentava problemas pessoais. Além disso, o vereador disse que se arrependeu da agressão.
Sobre o processo de cassação e sobre os processos judiciais, GZH entrou em contato com o parlamentar nesta quinta-feira (23), pelo segundo dia consecutivo, mas ainda aguarda retorno.