O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar um pedido do grupo de juristas Prerrogativas para suspender a posse de seis deputados suspeitos de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. Todos são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A posse na Câmara está marcada para a próxima quarta-feira (1º). Os parlamentares eleitos apontados na petição são os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ), Silvia Waiãpi (PL-AP), André Fernandes (PL-CE) e Nikolas Ferreira (PL-MG) e os estaduais Sargento Rodrigues (PL-MG) e Walber Virgolino (PL-PB).
Na petição enviada ao STF em 11 de janeiro, o Prerrogativas sustentou que "não é aceitável ou imaginável que pessoas que tenham sido eleitas como representantes do povo em um regime democrático, por meio de eleição livre, possam apoiar, incentivar e mesmo participar de atos que atentem contra o Estado Democrático de Direito".
Nesta sexta-feira (27), o interventor federal na área de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, entregou o relatório final com informações sobre os atos golpistas que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.
A PGR apresentou nesta sexta-feira mais 150 denúncias contra pessoas suspeitas de participar dos atos em Brasília. As denúncias foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o Ministério Público Federal (MPF).