O governo do Distrito Federal (DF) divulgou lista com 356 nomes de pessoas presas nos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), em Brasília. Sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidas e depredadas. Os golpistas foram levados para o Centro de Detenção Provisória 2, na Papuda. As informações são do portal g1.
De acordo com o governo distrital, a divulgação dos nomes atende a uma decisão da Vara de Execuções Penais do DF.
"Devido ao alto número de prisões, não é possível que a Gerências de Atendimento aos Internos (Geaits) das unidades prisionais realizem comunicações individuais. Dessa forma, será mantida lista atualizada das pessoas transferidas para o Sistema Prisional, a fim de possibilitar o acesso de familiares e advogados a elas", registrou o Executivo em nota.
Invasão à Praça dos Três Poderes
No ataque foram quebradas vidraças e móveis e obras de arte e objetos históricos foram vandalizados. Os golpistas invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados — sede de parte do Legislativo, também composto pelo Senado Federal.
A Polícia Federal informou que, até esta terça-feira, 527 pessoas envolvidas na invasão e depredação das sedes dos três Poderes foram presas. Dos 1,5 mil detidos, 599 foram liberados por "questões humanitárias", como idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças.
Intervenção federal
Após aos atos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a intervenção federal na segurança pública do DF até o dia 31 de janeiro. Até então, a pasta era comandada por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que foi exonerado ainda no domingo.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Torres.
Na madrugada de segunda-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O político admitiu falhas na segurança da sede dos três poderes, mas Ibaneis não se considerou o único culpado pela invasão e depredação.