A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (3) dois mandados para apreender armas em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A ação foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — que já havia determinado que a parlamentar entregasse outras armas que tivesse em casa. As informações são do portal g1 e da TV Globo.
No fim de outubro, na véspera do segundo turno das eleições, Zambelli discutiu com um apoiador do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no meio da rua, em um bairro nobre de São Paulo. Ela chegou a perseguir o homem com arma em punho.
A atitude rendeu uma investigação, e Gilmar Mendes determinou a suspensão do porte de armas de Zambelli e que ela entregasse o revólver usado na perseguição. Nos últimos dias de 2022, um familiar da deputada levou a pistola para a PF.
Conforme o g1, foi apurado que, após a entrega, a Polícia Federal foi cumprir o cancelamento do porte de armas e descobriu que a autorização era para uma arma diferente da que foi repassada. Os investigadores entenderam que havia indícios de que Zambelli possuía mais armamento e comunicou o fato ao STF. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu a apreensão das outras armas.
"Hoje eu sofri busca e apreensão a mandado do STF para entrega de outras três armas que eu tenho. Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção 38 que eu tinha", disse a deputada em vídeo publicado nas redes sociais de apoiadores, pois as dela estão fora do ar por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.