O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou neste domingo (25) que acampamentos bolsonaristas viraram "incubadoras de terroristas". A declaração foi dada após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prender, na noite de sábado (24), um homem suspeito de plantar uma bomba na estrada que leva ao aeroporto de Brasília.
O suspeito participava das manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro e foram encontrados com ele duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosivas.
"Os graves acontecimentos de ontem (sábado) em Brasília comprovam que os tais acampamentos patriotas viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível", disse Dino em uma postagem publicada em seu perfil no Twitter.
"O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade". completou.
O senador eleito pelo Maranhão cumprimentou a PCDF pela prisão do empresário, mas afirmou que é necessário agir contra o que vê como crimes políticos.
"Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos", escreveu.
Dino afirmou também que o futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, acompanha o caso. "As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem", afirmou Dino. "Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores", concluiu.
Polícia encontrou artefato próximo ao aeroporto
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que uma bomba foi deixada na manhã do sábado (24), na Estrada Parque Aeroporto, próximo do Aeroporto Internacional de Brasília. O objeto foi encontrado à margem da pista de rolamento, no gramado de um canteiro central.
O homem responsável por deixar o artefato na estrada foi encontrado e preso em um apartamento em Sudoeste, na região central do Distrito Federal - ele confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto Juscelino Kubitschek. O suspeito foi autuado por posse e porte ilegal de armas, munições e explosivos e crime contra o estado democrático de direito.