Os atos pela democracia marcados para esta quinta-feira (11) ocorrerão em 50 cidades brasileiras de todos os Estados e no Distrito Federal, a maioria em faculdades de direito de universidades públicas e privadas. A manifestação se estenderá ao Exterior, como na capital holandesa, Amsterdã, e cidades dos Estados Unidos, como Nova York.
A carta em defesa da democracia, dos tribunais superiores e do Estado democrático de direito, organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), é uma resposta aos ataques sistemáticos feitos pelo presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, ao sistema eleitoral brasileiro.
Em São Paulo, a Faculdade de Direito, no Centro, terá dois atos. Às 10h, será realizada a leitura do manifesto Em Defesa da Democracia e Justiça, apoiado por mais de cem entidades da sociedade civil e empresariais de diversos setores, como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fecomércio-SP, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), World Wide Fund for Nature (WWF), Greenpeace, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), PróGenéricos, Fundação Fernando Henrique Cardoso e centrais sindicais.
Às 11h, haverá a leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros - Estado Democrático de Direito Sempre. A carta conta com aproximadamente 900 mil assinaturas. Além de juristas e advogados, empresários e artistas devem participar dos atos na USP. Telões serão colocados no Largo de São Francisco, em frente à Faculdade de Direito, sob a expectativa de grande participação popular.
— Queremos provocar uma convulsão de cidadania, uma eclosão dessa corrente do bem que quer estabilidade e quer que a nossa democracia vingue, seja respeitada, amadureça e que a vontade soberana do povo que vai ser expressada nas urnas seja rigorosamente respeitada por todos e quaisquer partícipes — afirmou a advogada Raquel Preto, integrante do grupo de trabalho da Diretoria da Faculdade de Direito da USP, que organiza as manifestações.
No Rio de Janeiro, além da leitura da carta no mesmo horário, está prevista uma manifestação em defesa do processo eleitoral, contra cortes na educação e contra o governo Bolsonaro na Candelária, no centro do Rio, às 16h.
Além da USP, a carta será lida nas faculdades de Direito das seguintes universidades: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual Paulista - Botucatu (Unesp), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Pontifícia Universidade Católica - Rio de Janeiro (PUCRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ), Universidade Federal do Pará (Ufpa), Unifor (Fortaleza), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Também será lida por coletivos feministas do Rio e na Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.