O ex-presidente e atual pré-candidato ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que se for eleito novamente para liderar o País a política ambiental será uma questão de Estado, que não ficará mais vulnerável a mudanças realizadas por administrações federais que se sucedem.
— Vocês vão ter o mandato que vai ter o maior acerto na questão climática. Precisamos nos transformar em política de Estado de verdade. Temos que ter coragem de dizer que não haverá garimpo em terra indígena no País. Terras demarcadas como áreas de proteção ambiental terão que ser implementadas. Vamos restabelecer nossa relação com o mundo — disse.
Segundo Lula, o respeito ao meio ambiente precisa se tornar um modelo de desenvolvimento econômico, no qual a preservação ecológica é parte fundamental no processo de geração de riquezas em diversas regiões do País. Ele destacou que o Brasil atuará de forma internacional para ampliar as fontes de financiamento para projetos ambientais:
— Há uma expectativa muito grande com a possibilidade da nossa vitória. Em todo o continente africano, em toda a União Europeia, na América Latina.
De acordo com o pré-candidato do PT para a disputa ao Palácio do Planalto, o governo do presidente Bolsonaro destruiu políticas importantes de sua administração, ocorrida entre 2003 a 2010, sobretudo sobre questões climáticas e de combate à fome, ações que devem ser recuperadas caso seja eleito novamente neste ano:
— Acabar com a fome é colocar o pobre no orçamento da União e o rico no Imposto de Renda.
Segundo Lula, o programa ambiental da sua chapa, formada com Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, não será apenas do Partido dos Trabalhadores, mas de todos os partidos de oposição, com ampla participação da população, especialmente das entidades de defesa do meio ambiente:
— Não queremos que seja um documento só do PT. Queremos ser a candidatura de um movimento de restabelecimento da dignidade do povo brasileiro. É preciso ter a pressão da sociedade para que possa ter coragem de enfrentar os nossos algozes.
Ele fez os comentários em evento realizado pela Fundação Perseu Abramo, que também participou o presidente desta instituição, o ex-senador e ex-ministro, Aloizio Mercadante.