O quadro Mais Vozes, do programa Gaúcha +, da Rádio Gaúcha, apresentou nesta terça-feira (31) a opinião de políticos sobre a doação de R$ 495,1 milhões pelo governo estadual para obras em rodovias federais. Os deputados Mateus Wesp (PSDB), Pepe Vargas (PT), Sérgio Turra (PP), Juliana Brizola (PDT), Elton Weber (PSB) e Juvir Costella (MDB), bem como o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Eduardo Bonotto, representando os prefeitos gaúchos, compartilharam seus pontos de vista sobre o assunto.
A proposta tem como premissa a ausência de obras estaduais em andamento para destinar o recurso, motivo pelo qual as melhorias na BR-116 e na BR-290, com empresas contratadas e projeto, receberiam o aporte. O governo precisa da autorização dos deputados, que têm opiniões divididas, para destinar o dinheiro. O projeto está tramitando na Assembleia Legislativa.
Em relação ao posicionamento dos parlamentares, o PSDB adota a mesma postura do governo estadual e é a favor do projeto, destacando que todas as estradas são utilizadas pelos gaúchos e são fundamentais para o deslocamento e para a economia. Acompanham o partido nesse posicionamento o MDB, que também defende que quem passa pela rodovia é "um povo só", e a Famurs, representando os municípios, que apoia o projeto "na busca do que é melhor para os gaúchos", mas ressalta que também é preciso olhar para as demais regiões que hoje não estão recebendo esses recursos.
Já o PT, partido de oposição, é contrário à proposição, ressaltando que o Estado tem carências em diversas áreas, como educação e saúde. Apesar de compor a base do governo, o PP também é contra o projeto, reforçando que o RS tem obras sob sua guarda e responsabilidade em espera e que a União precisa priorizar seus recursos, citando como exemplo os R$ 25 bilhões empregados em emendas parlamentares. O PSB também se posicionou contrariamente ao projeto em sua atual forma, ressaltando que não há previsão de contrapartida ou investimentos federais em rodovias gaúchas, que possuem problemas.
O PDT ainda está discutindo o projeto, o qual definiu como "polêmico", e ponderou que os dois lados têm suas razões e motivos.