A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre na manhã desta quinta-feira (7) mandados de busca e apreensão em 11 locais relacionados ao vereador Gabriel Monteiro (PL) e a assessores e ex-assessores dele, incluindo a casa do parlamentar na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, e o gabinete na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.
A operação é referente à investigação do vazamento de um vídeo em que o vereador aparece fazendo sexo com uma menor de idade. Ambos alegam que a relação e a filmagem foram consensuais, porém Monteiro acusa funcionários de vazarem o vídeo, que circulou por grupos de WhatsApp.
A busca e apreensão foi autorizada pelo plantão judiciário para recolher notebooks, computadores, tablets, celulares, kindles, smartphones, mídias externas e portáteis tais como HDs externos, pendrives, CDs, DVDs e semelhantes. Não há mandados de prisão, mas, por volta das 8h30, o vereador se dirigia para à delegacia de polícia para prestar esclarecimentos.
Também foi autorizado pela Justiça o afastamento do sigilo telefônico e informático para todo o conteúdo dos aparelhos e mídias apreendidos, bem como a quebra do sigilo de dados das mensagens contidas em aplicativos nos equipamentos.
O gabinete do vereador ainda não se manifestou a respeito.
Após a abertura de inquérito para investigar se Gabriel Monteiro forjava vídeos na época que trabalhava como Policial Militar, diversas outras denúncias começaram a surgir contra o vereador, como estupro, agressões físicas, e assédio moral e sexual, além de uso indevido de servidores. De acordo com o G1, um assessor afirmou que o parlamentar inclusive fazia orgias em casa com menores de idade. Segundo o funcionário, algumas vezes ele se deparou com meninas saindo de lá chorando, aparentando terem sido vítimas de estupro.
Atualmente, Gabriel Monteiro está enfrentando uma representação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por conta desse vazamento e das demais acusações, sendo que o parlamentar pode até mesmo perder o mandato.